terça-feira, 7 de dezembro de 2010

AMAR !















Sei que sou louco
Desde que nasci
Destinaram-me uma via
Que ainda não vivi.
Sinto-me triste
E cansado
Amor não sei se existe
Talvez me tenha passado
Ao lado.
Por vezes procuro
Encontrar-me
Sem saber aonde vou
Mas sei que vou por ai.
Vivo à procura
Da sorte
Não sei onde a encontrar
Venha do sul ou do norte
Que me encontre antes
Da morte
Mas que saiba o verbo
AMAR!




TU MULHER DOS MEUS SONHOS !









Tu mulher dos meus sonhos
Perco-me no teu encanto
Não tenho asas mas sei que voo!
Olho a tua mão
E vejo os traços da vida
Quero adivinhar o teu destino
Tua beleza me fascina
Teu ar de inocente menina
Em sonhos vejo pureza
Tenho-te no pensamento
Tu és filha da natureza
Eu… humilde filho do vento
Tu mulher dos meus sonhos!

A CHUVA !

A chuva cai,
Ouço-a bater na janela,
Devia ficar como o tempo,
Melancólico!
Em vez disso estou a sorrir
Porque me lembro dela!
Traz-me calma,
Inspira poesia…
A chuva è como a tinta,
A chuva vê-se em cada gota,
A tinta em cada palavra,
Ambas são feitas de água,
De água são feitas as lágrimas.
A chuva corre lá fora,
As palavras numa folha de papel,
Palavras de silêncio,
Nas gotas da chuva viajam…
Sabendo que a chuva è fria,
Talvez elas aqueçam,
O coração de quem as lê?!








domingo, 5 de dezembro de 2010

CARO PAI NATAL !







CARO PAI NATAL
Não é a primeira vez que te escrevo
Ainda não me convenceste da tua existência
Perguntarás porque te escrevo
O facto de não acreditar, não quer dizer que
as crianças deste mundo não acreditem
Escrevo-te para te lembrar, principalmente
das que não têm dinheiro para o selo e nada
têm para comer.
Eu sei que o mundo está em crise e certamente
também tu terás as tuas dificuldades, mas por favor
esqueçamos os credos, fala com Deus e com o diabo
deixem-se de divergências , neste momento de crise!
Talvez aches os meus pedidos extravagantes, mas quero
que acordem os nossos governantes para acabarem com
as guerras, nas quais são desperdiçados tantos recursos que
alimentavam tantas bocas por esse mundo...
Deixemo-nos de causas de solidariedade que em muitos casos
servem apenas para dar notoriedade e visibilidade a algumas pessoas
que me desculpem as que estão de corpo e alma por uma boa causa.
Aos sem abrigo, dêem-lhe condições para uma vida decente em vez
de uma sopa quente, aquece-lhe o estômago, mas a alma continua vazia!
Dar emprego aos desempregados, para que estes se sintam bem com a vida
em vez de pobres explorados , por pessoas sem escrúpulos.
Peço-te também que não andes só pelo mundo chamado civilizado, percorre
todas as partes do mundo, bem sei que já estás com uma certa idade e que as
tuas renas também não devem estar na melhor forma...
Sempre ouvi dizer que todos os dias são dia de Natal, por isso tens o ano inteiro
para cumprires a tua obrigação, o de olhares pelas crianças do mundo, não quero
que te lembres delas uma vez por ano, não quero pensar de ti o mesmo que penso
das tais pessoas da solidariedade que quando vêm que estão a ficar esquecidas têm
necessidade de se fazerem ver nos órgãos de comunicação !
Percorre todos os cantos e vai ver de perto a realidade, não te limites a ler os títulos
dos jornais, a ver os telejornais...
Tu e os amigos de que te falei atrás, cuidem dos adultos, mas principalmente das
crianças que morrem de fome, ergam escolas e hospitais, se estes não forem possíveis
dado ao momento de crise, vai... mas em vez de brinquedos por vezes sem importância
leva-lhes serviços de primeiros socorros e obviamente algo para o estômago, não me venhas
com retóricas, eu sei que qualquer criança gosta de abraços e beijinhos eu também já por
lá passei, mas estes têm a duração do momento e uma criança com saúde e alimentada , é
uma flor de esperança para a humanidade.
Estou a chegar ao fim desta carta Pai Natal, se me fizeres acreditar que tudo foi feito ou que
de algum modo, usaste a tua influência para que algo mudasse, talvez eu venha acreditar na tua existência! È fácil escrever-te uma carta e incumbir-te de tudo isto, quando na verdade
também eu sofro de hipocrisia, isto é, o de não cumprir com a minha parte, mas sabes Pai Natal , fizeram-me acreditar que foi um dos teus amigos que criou o mundo , por isso também
nos fez a nós humanos, quero-te confessar um segredo... acho que foi um pouco descuidado, porque em cada um de nós, existe um pouco de egoísmo e hipocrisia, dizem que o ser humano é perfeito.... Tu pai Natal o que pensas?
Desejo-te uma boa viagem, cuida-te e cuida das crianças....

Bom Natal Pai Natal

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

ÈS ESPECIAL !









Eu acho-te especial
E digo-o porque mereces,
O tempo não pára.
Por vezes ficam…
Recordações,
Saudades,
Lembranças e sonhos…
De um futuro que é talvez.
Tem que se viver o presente,
Ou melhor o momento
Que a vida nos oferece.
Olhar as estrelas
E procurar a lua,
Que ela seja
Quarto crescente,
O ideal è ser lua cheia,
Com a sua luminosidade,
Eu te poder encontrar.
Tu inspiras-me poesia,
Em ti, vejo um belo tema,
Fruto da inspiração…
E mesmo distante
Talvez até intocável,
Traz ao coração poeta
Um momento de ternura.

AMOR COM ELA !















Confesso que quando a vejo
Fico meio desgovernado
Não sei como lhe dizer
Não consigo esconder
Quero fazer amor com ela!

Sentir o seu corpo quente
Provar o néctar da sua boca
Dizer-lhe que sinto desejo
Abraça-la e dar-lhe um beijo
Quero fazer amor com ela!

Penso e decido avançar
Dizer-lhe que a quero
Pensará que sou demente
Olho-a bem de frente
Quero fazer amor com ela!

Decide que a posso despir
Trémulo de tanta emoção
Senti a minha pequenez
Ao ver a sua nudez
Quero fazer amor com ela!

Já despojada da roupa
Deitada na minha cama
Olhares brilhantes cruzados
Corpos quentes entrelaçados
Quero fazer amor com ela!

Faço deslizar as minhas mãos
Pelo seu corpo de pele macia
Aprecio os seus lindos seios
Quebramos todos os receios
E faço amor com ela!



sábado, 20 de novembro de 2010

VIAGENS NO METROPOLITANO !







Passados alguns anos

Ainda me lembro como se fosse hoje

O metro apinhado de gente

E à hora do costume

Lá vinha ela sempre de pé

Uma senhora linda trintona

Eu, um adolescente de 18 anos

Que entrava na estação do Rossio

Seguiamos até ao Saldanha

Viagem longa para alguns

Para mim sempre curta

Para ela, nunca o cheguei a saber

Deslizando entre as pessoas

Aproximava-me dela e ela

Ali ficava, sentia até que se aconchegava

De encontro a mim e o metro seguia

Os solavancos da carruagem

E os empurrões das pessoas

Eram momentos deliciosos

Momentos em que podíamos sentir

O calor dos nossos corpos

Ela deixava-se estar

Eu, vivia os prazeres da manha

Com o seu cheiro corporal

O jeito meigo como me olhava

Era uma viagem extasiante

Trocavamos palavras de silêncio

E em silêncio nos mantivemos sempre

Um dia por mera casualidade

Encontrei-a fora da nossa carruagem

A passear num dos jardins da cidade

Com ela um cavalheiro paraplégico

Rondando a sua idade, um pouco acabado

A minha mente desmoronou-se

Naquele momento senti que a compreendia

Ainda hoje tenho pena

Por não termos trocado palavras reais

Imagino ainda a sua nudez, vestida

Porque nunca mais a voltei a ver.

MENINOS !


Quero falar dos meninos de hoje,
Que me desculpem os de ontem
Dos quais eu também fiz parte.
Depois de tantos anos,
Quantos de nós acreditamos
Que para os meninos de hoje,
Estavam reservados dias diferentes.
Em vez disso, sinto tristeza!
Ao ver, ao ler, ao ouvir …
Que os meninos de hoje vivem tristes.
Tantos são os que ainda vivem
Sem o mínimo a que têm direito,
Apesar da alegria aparente
São meninos tristes.
Pela sociedade que lhes demos
Sem esperança no futuro!
Por favor meninos de ontem
Digam-me o que foi feito:
Da esperança, igualdade, prosperidade...
E até da verdadeira democracia?
Ou será que tudo não passou de um sonho,
Em que tantos de nós acreditamos!
Numa vida diferente para os meninos de hoje,
Em vez disso, não têm esperança no futuro
Porque os meninos de ontem...
Se esqueceram de cuidar do bem-estar
Dos meninos de hoje?!
A vida, o futuro e a sociedade tem destas coisas...
UTOPIA!

SEDUÇÃO !










Olhas para mim,
E consegues ler nos meus olhos,
Que és a minha sedução.
Sabes que me despertas prazer
Que por ti tenho desejos
A minha boca sedenta
Espera teus doces beijos

Tu sabes como me deixar louco
Sedento de amor por ti,
Do teu todo me dás um pouco
Tu sabes que fico louco
Quando sorris para mim

Sonho com teus prazeres
Deles eu tenho medo,
Medo de me conheceres
E por fim de mim fazeres
Um simples e mero brinquedo

Conheces os meus segredos,
Tu sabes tudo de mim,
Ansioso, espero a tua chegada.
Rendo-me ao teu prazer
Damo-nos de alma e coração
Teu corpo è o meu ser
Em ti vejo a minha sedução


segunda-feira, 8 de novembro de 2010









Ás vezes dou comigo a falar com a minha loucura!
E até lhe pergunto o que tem feito?
A verdade é que não tenho feito loucuras, mas já tenho saudades.
Sem loucura, tudo se torna em rotina, monotonia…
A vida tem destas coisas!
Um pouco de loucura nas palavras, torna-as mais sãs e muitas vezes muito mais refinadas!
È uma satisfação quando temos o privilégio de ler palavras loucas?!
Hoje já se não pode ser louco, proibiram a loucura, nas entrevistas para um emprego,
nos locais de trabalho e até na rua, se o fizermos chamam-nos os mais diversos nomes,
mas raramente loucos!
Nos tempos em que vivemos, já poucos querem ser loucos, felizes aqueles que ainda se
consideram assim. È neles que vemos momentos alegres e felizes?!
Óbviamente que falo de todos os que têm memória sã! Ao longo dos séculos a história, mostrou-nos que existiram e infelizmente ainda existem os loucos varridos, aos quais eu apelido de assassinos…
O mundo precisa de boas loucuras, para que se torne verdadeiramente mais saudável, mais humano.















UMA NOITE DE DANÇA!







Um sábado à noite
Já deitado pus-me a pensar,
Porque não vou dançar?
Levantei-me e fui até uma sala de dança.
Entrei e olhei em volta,
Ao fundo, no meio da penumbra
Estava uma senhora sentada.
Fixei os olhos nela,
Pude ver que estava só.
A música começou a tocar
Vários foram os que se aproximaram,
Para a convidar a dançar,
A todos disse que não.
Aproximei-me e também eu a convidei,
Antes que me desse qualquer resposta…
Perguntei-lhe, porque não dança?
Respondeu-me que não sabia!
Disse-lhe que a vida…
È feita de pouco e de nada!
Temos que saber aproveitar o pouco,
Que a vida nos oferece!
Levantou-se e dirigimo-nos
Para o meio da sala,
As luzes iluminaram o seu rosto,
Eu…eu fiquei trémulo e estupefacto,
Era simplesmente linda…
Não sabia dançar, mas o seu corpo voava,
Dançamos toda a noite e por fim…
Cada um para seu lado, despedimo-nos,
Perguntei se a voltava a ver,
Talvez quem sabe?
Voltei várias vezes à mesma sala,
Percorri algumas outras que conheço,
A todos perguntei por Ela
Ninguém a conhecia,
Nunca a tinham visto antes!
Hoje dou comigo a pensar…
Dancei com uma anjo,
Ou com um fantasma?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A NET CAIU !








Que importância tinha o tempo
Estivesse sol ou chuva
De noite ou de dia
Ao abrir a minha janela
Lá estava ela!
O tempo passava sem darmos conta
Riamo-nos, dizíamos palavras banais
E outras com sentimento.
Depois de algum tempo de conversa,
Combinamos tomar um café
Marcamos hora e local
Um dia de repente, a conversa parou?!
Fiquei triste e passadas algumas horas
Verifiquei que ela estava furiosa!
Tentei justificar-me do sucedido
Mas ela não me deu atenção.
Depois de tudo que já tínhamos conversado
Como eu a compreendi!
Perdoei a sua reacção
Mas ela não quis saber
Não acreditou no que lhe disse
Apenas me viu como os demais.
Deste mundo maravilhoso e traiçoeiro
Com defeitos e com virtudes
Restam-me as recordações
Das palavras doces e amargas.
Por mim tudo acabou
Porque me acho diferente
Mas juro que fiquei sem rede
A Net caiu