sábado, 30 de outubro de 2010

PÃO SUADO !














Numa tarde de tempestade,
Encontro-me junto à praia.
Vejo gaivotas que voam,
Desordenadas devido ao temporal.
O mar parece-me revoltado,
Aprecio a sua grandeza e beleza.
Para mim...
Que estou em terra firme,
Lá longe...
Avisto uma embarcação,
Parece-me um barco de pesca?
Nele imagino os pescadores,
Na labuta da sua faina!Quando regressam a casa?
Trazem consigo...
Trabalho duro e pão suado!
È dura a vida do mar!
Quando partem...
Deixam familias na amargura...
Todos estão conscientes...
Que estes homens do mar,
Podem voltar ou não?
Por eles as familias rezam:
À Senhora da Saúde,
À Senhora dos Navegantes,
Imploram a todos os santos...
Para que traga de volta,
Os pais, os maridos, os amantes...
Quantos deles já perderam a vida?!
Em busca do pão suado!
Homens simples,
Duros Homens do mar,
Guerreiros e destemidos.
Com devoção fazem-se ao mar...
Em terra deixam corações aflitos,
Vão ao mar, por um bocado de tudo...
E tudo... Por vezes é mais que nada!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

FÉRIAS TRISTES !

















Estou de férias junto ao mar,
Na praia penso em ti,
Sinto o sol a escaldar-me,
Mas não me importo,
Porque tu, não estás aqui.
O sol continua a queimar-me,
Mas o coração, continua frio…
Eu... rezo para que apareças,
A minha mente...
Ocupa-se em te imaginar…
O coração precisa de ti!
O sol continua quente,
Mas já não o sinto,
O coração continua frio…
Sinto-me exausta e triste,
Porque não te vejo chegar.
Por cima de mim,
Vejo as aves que voam,
Ouço o seu chilrear,
Talvez a sua canção de amor,
Também eu queria ter asas!
Voava, voava, para te procurar…
As férias, vão ser tristes,
Se tu não apareceres…



MUNDO VIRTUAL !
















Entramos neste mundo…
A que chamamos de virtual!
Aqui podemos encontrar
Palavras simpáticas e confortáveis
Lindos sorrisos imaginários
Confidências alegres e tristes
Assim nasce a amizade virtual.
Os dias vão passando…
A amizade solidifica-se
Relatamos para lá e para cá,
Momentos felizes e angustiantes
Trocamos carinhos e segredos…
Desabafamos alegrias e tristezas…
Com o tempo acabamos por descobrir
As lágrimas silenciosas da nossa amizade.
Aqui, tudo ou quase tudo pode ser virtual?!
Palavras, afectos e até as emoções…
As lágrimas não, porque nos apercebemos
Das palavras húmidas que nos chegam!
Por aqui nesta navegação?!
Os barcos, não têm remos nem motores,
E navegando em mar sereno
Basta-lhe a força da amizade recíproca
Para chegarem ás terras Dalém…
Com palavras de AMOR…

TEU CORPO... O MEU MAR!












Entre sonhos e a realidade
Quantas vezes naveguei por ai…
Atravessei o cabo das tormentas,
E nas tormentas, vi-me naufragado!
Já sem animo e em desalento,
Encontrei um porto de abrigo?!
Fui um naufrago com esperança,
E tu… que a mim te deste,
Em ti, encontrei afecto,
No teu rosto vi beleza,
Teu ser… a minha razão!
O teu corpo foi o meu mar,
No qual, encontrei calmaria,
Senti-me envolvido em ternura,
No baloiçar do teu corpo
E nos beijos com sabor a sal
Senti as ondas do mar sereno!
Depois de restabelecido
Fiz-me ao mar salgado
Levando no pensamento
O de ter sido um naufrago feliz
E ter-te tido como porto de abrigo!









PARTISTE!


















Ainda sinto o gosto dos teus beijos,
A minha saliva, transformou-se em mel,
Já sinto falta dos teus lábios carnudos,
Da tua respiração ofegante,
A beijares-me e a dizeres…te amo!
No meu corpo,
Por mais que já tenha sido lavado,
Ainda tem o cheiro do teu perfume corporal!
Na minha cama vazia,
Procuro encontrar-te..!
Esfrego-me no lençol onde estiveste,
Abraço a almofada onde dormiste,
Consigo sentir o teu cheiro…
Mas… é só o teu cheiro,
Porque tu… não estás.
Sinto falta das tuas mãos,
Dos dedos cravados nas minhas costas,
Não ouço a tua voz tremula e delirante,
Nem vejo o contorcer do teu corpo,
Os teus olhos brilhantes,
O teu sorriso de adolescente com satisfação,
Falta-me tudo que é teu…
Que já fez parte de mim…
Partiste sem te despedires,
Deixando-me na ilusão!
Que irias voltar…
Para me beijares e dizeres!
Te amo.

IMAGENS !










Ás vezes penso!
Deito fora as imagens,
Sem ela para que servem?
Apenas ocupam espaço na minha mente…
Preciso habituar-me à ideia de a substituir!
Pelo vento!
Ele
está em todo o lado,
E cuja direcção …
È igualmente passageira…
E verídico.
Precisava de me habituar ao eco dos seus passos,
Ao bater do seu coração e até ao seu perfume…
Corporal…
Numa casa deserta,
Sentir o tremulo vigor dos seus gestos,
Invisíveis.
A canção que ela cantava a qual só eu a ouvia.
Serei feliz sem as suas imagens?
As imagens não me dão felicidade.
Seria difícil perde-la
Perde-la, porquê?
Se eu nunca a tive!
Foi difícil inventa-la,
Mas eu inventei-a!
Posso passar sem as suas imagens,
Assim como ela passara sem as minhas…
Mas eu não sou capaz de fazer...
Um Reset à minha memória,
Não sou nenhuma máquina… (PC)
A minha memória tem sentimentos…
Imaginando-a sou feliz…
Mas consciente que isso…
Não é e nunca será felicidade!

MENSAGEM!



















Numa tarde calma
E solarenga
Fui à praia.
Reparei que o mar,
Estava belo e calmo,
Como Tu...
Peguei numa folha
De jornal
E construi um barco.
Deitei-o ao mar,
Sem rumo e sem norte,
Entregue à sua sorte...
Lá foi ele e dentro dele,
Mandei uma mensagem.
Um simples desejo,
O de te procurar!
Para te entregar...
Um sorriso, um abraço,
Uma flor e um beijo.
Se nada aceitares,
Não me devolvas!
Enterra tudo bem longe,
Porque lá longe,
Ficará o sentimento,
De uma mensagem...