Háblame de amor
como me hablas de ti
dime que me quieres
como te quiero yo a ti
Yo no se por que te quiero tanto,
yo no se por que cuando te miro
se me nublan los ojos de llanto
y mi pecho exhala un suspiro…
Es que dicen que cuando se quiere
se es feliz entre penas y dolor,
y con gusto mil veces se muere
cualquiera si es por amor.
No busques en la biblioteca,
un libro que hable de amor,
pues el amor es la ciencia,
que nace del corazón,
entonces…
háblame de amor!
Serei eu folha seca?
Não saberei cuidar de ti
Feliz por encontrar
Um amor que já perdi!
Na areia desenho flores
Com os dedos da minha mão
Vejo as pétalas a cair
Destroçando meu coração!
Não as posso levantar
Caíram mas eu não quis
Vejo aqui minha fraqueza
Por ser triste e infeliz!
Serei eu folha seca?
Ou já não tenho coração
Chorando todas as pétalas
Que me escaparam da mão!
Sou folha seca que caiu
Que voa pelo jardim
Soprada pelo vento fugiu
Levou um pouco de mim!
No ar soprado pelo vento
Já sem alma e coração
Sem forças para o lamento
Sou folha caída no chão!
Deixei a janela aberta
Para a brisa entrar
Entrou a brisa
E com ela uma pena
Esvoaçava no ar
E não trazia corpo
Amor ou desamor
Talvez uma mensagem
Muda?
O tempo passou
E construí um pombal
Perdi o tempo
E já sem tempo
Para correr
Atrás das pombas
Não sei o que perdi
Nem sei se vou encontrar
Mesmo que a loucura
Me faça gritar
E me obrigue a voar
Fecho os olhos
Deixo-me levar pela brisa
Sinto-me um pássaro
Que voa para a liberdade
Nunca voei como os outros
Tinha sentimentos diferentes
Nostalgia, tristeza, alegria e... Tudo o que amei
Amei em silêncio
Amei sozinho.
Hoje é domingo...Quero levar-te a ver o mar Sentires o
cheiro a maresia Tu tens coração para amar Eu sou mistério
e poesia Vejo poemas no teu olhar Leio o que tens para me
dizer Tuas palavras vou adivinhar Mesmo sem tua as
dizeres Deixa-me entrar no teu paraiso Quero saber o que por lá
se diz Do teu ser eu sei que preciso Desejo apenas ser
feliz...
Hoje é domingo...Vejo um mistério charmoso Vejo
um corpo perfeito Tu és feitiço poderoso Fico louco e sem jeito Somos um do outro a companhia Olhamos o céu e vimos o anoitecer Sentimos a brisa e o cheiro a maresia O despontar do sol e o dia a nascer A noite passou e vi a tua poesia Baloiçámos como as ondas do mar Sentimos o cheiro da maresia Ouvimos o mar a gritar Hoje é domingo...
A meio da noite
Desperto de um sonho
Saio de uma batalha
Procuro aonde se travou
Não me lembro do local
Mas sei que em algum lado
Existe sempre uma batalha!
Sinto o corpo molhado
Apresso-me a ver se estou ferido
Ouço o rufar dos canhões
Vejo que não tenho hematomas
Estou suado e o rufar que ouvi
Eram os carros a passar na rua!
Ainda sonolento lavo a cara
A água está gelada
Definitivamente acordo de um sonho
E vejo ainda que pelo ralo da pia
Se escapam restos de sonhos
De uma batalha que não vivi
Mas que existe em algum lugar!
De manha quando me
levanto
Abro a minha janela
Vejo o encanto e com espanto
Uma bonita aguarela.
Moramos frente a frente
Separa-nos a nossa rua
Olha-me sempre indiferente
Despe-se e vejo-a toda nua.
Ou sou eu que a vejo assim
De tanto a imaginar
Sei que não repara em mim
Nem sei se quer namorar.
Nunca a vi com alguém
Nem mesmo a passear na rua
Não sei se tem pai ou mãe
Para mim, uma aguarela nua. Separa-nos a nossa rua Ela é a minha cruz Vejo-a deitar-se nua De seguida apaga a luz.
E eu, deito-me e vejo o luar
A entrar pela minha janela
Adorava poder beijar
Aquela bonita aguarela.
Lá fora está vento e a chover
Ao longe é trovada que ouço
Não consigo adormecer
Talvez esteja a ficar louco.
Ouço uma voz a gritar
E corro à minha janela
A aguarela não podes beijar
Pois não passa de uma tela!
Acordo meio assustado
A lua está a desaparecer
Viro-me para o outro lado
E ouço a chuva a bater.
Ao acordar da minha janela
Ouço o burburinho da rua
Olho e não vejo a tela
De uma aguarela nua.
Era tarde quando me fui
deitar, entre quatro paredes cansei de falar com a solidão!
Depois de voltas e mais voltas acabei por adormecer.
Confesso que não te ouvi chegar, mas tenho a sensação que te senti, a cama
quente, por momentos passou a estar fria, talvez fosses tu quando te deitaste,
o tempo estava de chuva e a noite muito fria. Ali estavas tu, deitada, a cama
que antes era só minha, agora é de nós dois!
Quebraste as barreiras da boa educação, tomaste conta do espaço que era só meu
sem me pedires licença e eu que andei a construir uma barreira à minha volta,
tu num abrir e fechar de olhos simplesmente a derrubaste.
Dei por mim a flutuar, perdi o medo e esqueci a solidão, o teu olhar
deslumbrante, fez acelerar o meu coração, de tão acelerado parecia até um carro
de fórmula 1 e o condutor eras tu...
Envolvidos em sentimentos e a flutuar em emoções, senti que me despias a alma,
de tanta envolvência fiquei até sem defesas, perdido nas tuas e nas minhas
fantasias.
Senti-me envolvido nos teus braços, quis sentir o calor dos teus lábios, saber
o que sentia o teu coração e o que tinha a dizer a tua alma, não sei se lhe
toquei mas lembro-me que ficaste exausta... Queria ter a certeza de sentir o
calor do teu corpo, para distinguir a fantasia da realidade, queria saber-te
ali e minha, já que tiveste a ousadia de entrar no meu mundo.
Concordei e aceitei, sei que te desejei, entre o sonho e a fantasia, a
realidade é que quando acordei a cama era só minha...
Quando penso em ti
A minha voz se cala
O coração acelera
Uma lágrima cai Lembro-me de ti.
Não queria ter saudade
Fazes-me perder o sono
Sinto-me leve e vazio
Adoro voar e ser livre.
Lembro-me de ti e fico em paz
A mente chama por ti
O coração sente em silêncio
Abro as asas e vôo.
A minha alma chama por ti
Cada vez que te não vê
Lá do fundo traz-me saudade
Do sorriso que não esqueço.
Penso em ti no dia a dia
Em cada dia no meio da rua
Caminho sem saber onde vou
Sei que vou por ai, a pensar em ti!
Os carros
deixaram de passar Ao longe ouço uma ambulância E tu não me
sais do pensamento Lá fora está a tempestade O vento sopra ilusões De amores desvirtuados E corações
mentirosos Recordam-se memorias Que nos ligam ao passado Se
tentamos abrir a porta Não estamos preparados Somos paradoxos
do destino Uma analogia dos tempos Sem encontrar
caminho Gritamos alto sem dizer palavra Vivemos na estupidez
Não discernimos o bem do mal A noite sombria escurece Neste
mundo somos apenas miudezas.
Chego a casa e já nada te
digo
Eu sei que estás à minha espera
Sinto vontade de voltar a sair
Mas preciso que me escutes.
Sente o meu silêncio
A melodia de palavras mudas
Escuta-me com o coração
Sente-me com a alma,
Talvez até tenhas ciúmes Sabendo que não estamos sós!
A minha atracção é forte
Ás vezes, não me consigo conter
Tenho que a abraçar
Como se fosse a primeira vez,
Quando o faço, nada faço para a largar
Mas tu insistes em ficar a ver!
Falas-me de um futuro que è talvez
Lá longe , acenas-me com o horizonte.
Tudo que era só meu
Vejo-o partilhado contigo,
As noites belas
As estrelas que coleccionei
Falas dos meus poetas
Dizes que também são teus
Pedes-me para voar
E declamar um poema.
Estou cansado de ti
Tu és a minha timidez
Vivo na tua sombra
A qual nunca vi
Vejo apenas a minha.
Faz tempo que vivemos juntos
Gostava de dizer que te amo,
Mas tenho medo que não me deixes!
Não pretendo continuar contigo
Quero ficar só com ela
Contigo sinto-me triste
Ela faz-me alegre e no seu corpo
Posso dedilhar a música de uma balada
Acompanha-me no declamar de um poema
Dedicado à alegria de viver
Para me esquecer de ti...SOLIDÃO.
Sempre que posso, fujo para junto de
ti! Seja de verão ou de inverno, estejas revoltado ou não, gosto
de estar próximo de ti. Junto de ti somos todos iguais, até os
mais valentões, não passam de meras miniaturas. Tenho o
privilégio de viver a poucos kilómetros do teu reino, sinto-me
fazer parte dele ou será que és tu a fazer parte de mim? Não
sei! Sei que me sinto bem quando te vejo, gosto de ver o teu vai e
vem, por vezes pareces-me um adolescente, quando vês a praia não
fazes mais que te rebolar em cima dela. Depois de te deliciares, recuas e è nesse instante que
muitas vezes ceifas algumas vidas, umas inocentes, outras pecadoras
as quais tu não distingues.
São pessoas incautas que estão no
lugar errado na hora errada, pessoas que se quiserem podem fazer
outro percurso, mas tu não, tu tens as tuas regras em cada uma das
vezes que vens a terra, recuas sempre com força, com muita
velocidade e quase sempre pelo mesmo sitio! Mesmo gostando de ti,
já me assustaste duas vezes, confesso que fui eu que infringi as
regras por não respeitar o teu espaço e por não ter em conta as
regras do jogo quando me deixas entrar dentro de ti. Mesmo assim
sinto-me bem, sempre que estou frente a frente contigo, gosto muito
de te ver nos dias de inverno, naqueles dias de muita chuva e vento
forte, ali frente a frente contigo, ouvir o teu grito forte e a
saltares até quase chegares à marginal aonde me encontro, não sei
se para me fazeres companhia ou se também tens momentos de
solidão? Ver-te e sentir o teu cheiro, para mim è como uma
terapia, nesse momento não me sinto só, junto a ti penso em tudo,
nos bons e maus momentos, passo muitas horas junto a ti a olhar-te, a
observar cada um dos teus movimentos e até cada uma das tuas boas ou
más indisposições, mesmo assim confirmo, por mais que te visite,
de dia ou de noite, á mesma hora e no mesmo lugar, tu tens sempre
algo de diferente para me mostrares!
Chego até a pensar que estás
à minha espera, para me dares conta de todo o mal que te causam ao
fazerem de ti um simples contentor do lixo e em ti depositarem tudo o
que os homens inventam de mau e perigoso para a natureza. Tu
também tens vida, por isso, tens momentos de calmaria, de angústia,
dor e de agitação. Nos dias em que estás nervoso, deitas
grandes bochechos de água para a marginal, é talvez a tua forma de
quereres dizer basta! Eu gostava de te poder valer e ter a
solução, para te darem um bom banho, tirarem-te toda a porcaria que
tens depositada em ti, até ficares limpo, mas quem o pode fazer não
te ouve ou faz orelhas moucas. Tu comportas-te como qualquer
humano, uma força viva da natureza, depois do teu nervosismo e
chapiscares a marginal com os teus bochechos de água, depois da
tempestade vem sempre a calmaria, a tua doçura, a imensidão, o teu
cheiro a tua beleza! Quero expressar aqui a minha gratidão por
fazeres parte da minha vida, ou sou eu que faço parte da tua? Seja
de um modo ou de outro o que te quero dizer é que: GOSTO MUITO DE
TI OCEANO ATLÂNTICO.