Serei eu folha seca?
Não saberei cuidar de ti
Feliz por encontrar
Um amor que já perdi!
Na areia desenho flores
Com os dedos da minha mão
Vejo as pétalas a cair
Destroçando meu coração!
Não as posso levantar
Caíram mas eu não quis
Vejo aqui minha fraqueza
Por ser triste e infeliz!
Serei eu folha seca?
Ou já não tenho coração
Chorando todas as pétalas
Que me escaparam da mão!
Sou folha seca que caiu
Que voa pelo jardim
Soprada pelo vento fugiu
Levou um pouco de mim!
No ar soprado pelo vento
Já sem alma e coração
Sem forças para o lamento
Sou folha caída no chão!
Deixei a janela aberta
Para a brisa entrar
Entrou a brisa
E com ela uma pena
Esvoaçava no ar
E não trazia corpo
Amor ou desamor
Talvez uma mensagem
Muda?
O tempo passou
E construí um pombal
Perdi o tempo
E já sem tempo
Para correr
Atrás das pombas
Não sei o que perdi
Nem sei se vou encontrar
Mesmo que a loucura
Me faça gritar
E me obrigue a voar
Fecho os olhos
Deixo-me levar pela brisa
Sinto-me um pássaro
Que voa para a liberdade
Nunca voei como os outros
Tinha sentimentos diferentes
Nostalgia, tristeza, alegria e... Tudo o que amei
Amei em silêncio
Amei sozinho.
Hoje é domingo...Quero levar-te a ver o mar Sentires o
cheiro a maresia Tu tens coração para amar Eu sou mistério
e poesia Vejo poemas no teu olhar Leio o que tens para me
dizer Tuas palavras vou adivinhar Mesmo sem tua as
dizeres Deixa-me entrar no teu paraiso Quero saber o que por lá
se diz Do teu ser eu sei que preciso Desejo apenas ser
feliz...
Hoje é domingo...Vejo um mistério charmoso Vejo
um corpo perfeito Tu és feitiço poderoso Fico louco e sem jeito Somos um do outro a companhia Olhamos o céu e vimos o anoitecer Sentimos a brisa e o cheiro a maresia O despontar do sol e o dia a nascer A noite passou e vi a tua poesia Baloiçámos como as ondas do mar Sentimos o cheiro da maresia Ouvimos o mar a gritar Hoje é domingo...
A meio da noite
Desperto de um sonho
Saio de uma batalha
Procuro aonde se travou
Não me lembro do local
Mas sei que em algum lado
Existe sempre uma batalha!
Sinto o corpo molhado
Apresso-me a ver se estou ferido
Ouço o rufar dos canhões
Vejo que não tenho hematomas
Estou suado e o rufar que ouvi
Eram os carros a passar na rua!
Ainda sonolento lavo a cara
A água está gelada
Definitivamente acordo de um sonho
E vejo ainda que pelo ralo da pia
Se escapam restos de sonhos
De uma batalha que não vivi
Mas que existe em algum lugar!