segunda-feira, 1 de junho de 2009

O TEU LEITO!


Estou longe de ti,
Em ti me imagino dentro,
Dentro de ti, como um rio sem leito.
Ah! És um rio que estoura e faz tremer o peito e,
Eu percorria-te até à foz! AH! Tua foz!
De um rio menino que até quem sabe poderia crescer...
Que ia crescendo em ti...em mim...mas certamente que ia crescendo...
À medida que se abrissem as tuas suaves comportas...
Seja entre o rio e o mar, desde que no leito do teu rio eu pudesse navegar...
E a nave que sou eu, pudesse navegar nos teus flancos e,
Tremendo como se fosse a primeira vez que navegasse,
Sim!
É verdade seria a primeira vez que navegava no leito do teu rio...
Imagino-me em ti, seres tu,sendo eu mesmo em teus dentros,
Devorando o calor do fulcro epicentro dos teus sismos,
Bebendo a água de teus lábios e teu ser!
Imagino-me dentro de ti como um deus em seu templo!
Nunca ardi noutros céus,
Como os céus que imagino em ti e em ti contemplava!
Nunca estive tão vivo e me sinto morrer...
Por não encontrar o teu rio!
Sinto-me triste por ser um navegante e,
Não ter o leito do teu rio!

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